terça-feira, 15 de maio de 2012

Os jovens japoneses perdem interesse pelo sexo

Cerca de 36% dos jovens e 58,5% das jovens mulheres no Japão não têm interesse pelo sexo ou inclusive têm aversão por esta actividade humana, segundo revela um estudo do Ministério da Saúde japonês, desenvolvido em 2010 com base nas respostas de 1.540 pessoas. Dois anos antes, os percentuais foram de 17,5% e de 46,9%, respectivamente. A investigação do Ministério da Saúde confirma a tendência dos jovens homens japoneses de preferir as actividades individuais ou com amigos às relações com o sexo oposto. As mulheres, por outro lado, têm razões diferentes. São desconfiadas e selectivas e, no caso das mulheres com menos de 25 anos, estão mais preocupadas com o seu futuro profissional e dão mais importância aos seus estudos que à sua vida social. Desmotivados em Geral O desinteresse pelo sexo na sociedade japonesa cresceu em todas as faixas etárias, excepto na dos homens dos 30 aos 34 anos. Apenas 5,8% está disposto a dizer adeus ao sexo. Na verdade, os desinteressados pelo sexo nesta idade diminuíram em relação a 2010, quando cerca de 8,2% deles declararam não estar interessado nas relações sexuais. No caso das mulheres, quase um terço das que têm entre 25 e 29 anos afirmam não ter desejo sexual. Segundo este mesmo estudo, os casais japoneses espaçam cada vez mais as suas relações sexuais ou directamente renunciam a elas. Cerca de 41% dos casais entrevistados reconheceram que não tiveram relações sexuais no mês anterior à entrevista. As desculpas As razões que deram os japoneses casados para a sua falta de relações são o nascimento de um bebé, a falta de desejo (21% dos casos), o cansaço causado pelo trabalho (16,1%) ou o facto de considerar que há actividades mais interessantes. A falta de desejo dos japoneses preocupa as autoridades nipónicas, já que este país tem uma das taxas de natalidade mais baixas do mundo e uma das populações mais envelhecidas. O governo japonês acredita que a diminuição da taxa de natalidade trava o dinamismo económico do país e, entre outras questões, o envelhecimento da população aumenta a cada ano os gastos sociais de um país onde o défice público atingiu já os 200% do PIB.

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