sexta-feira, 18 de junho de 2010

Alemães são os piores amantes do mundo. Os espanhóis os melhores.

Na Europa os piores amantes são os alemães. Quem chegou a esta conclusão foi o site www.onepoll.com, que fez uma sondagem junto de mulheres de 20 países, para que dessem uma pontuação à perícia sexual dos homens de várias nações.

Entre os três primeiros piores amantes, ficaram os alemães, seguidos dos ingleses, acusados de serem preguiçosos, e os suecos por perderem pouco tempo com o acto sexual.

Mas há também muitos outros desajeitados neste assunto. Os holandeses são demasiado brutos, os americanos dominadores, os gregos muito sujos e os escoceses fazem muito barulho. Os turcos suam demasiado e os russos são muito peludos.

Os espanhóis são considerandos os melhores amantes, seguidos pelos brasileiros e italianos. As mulheres portuguesas parecem não ter motivos para se queixarem já que, ao que parece, o charme latino continua em alta.

As mulheres, hoje mais exigentes do que nunca, querem ter como parceiros homens que, além de dominarem as posições do Kamasutra, têm de ser sedutores, provocadores, pacientes, activos, lavados e bem cheirosos.

10º Congresso Sexologia Porto

"Sexologia, Passado, Presente e Futuro: Celebrando um século da ciência multidisciplinar da sexualidade", foi o tema escolhido para o 10º Congresso da Federação Europeia de Sexologia que decorreu no Porto na passada semana (3-13 maio).

Mais de 100 anos passados desde que Iwan Bloch usou pela primeira vez o termo sexologia para designar a ciência multidisciplinar da sexualidade, durante cinco dias estiveram reunidos os mais prestigiados investigadores portugueses e internacionais para apresentarem resultados de estudos que têm vindo a desenvolver e debater a saúde sexual, os direitos sexuais e a educação sexual. Foram ainda abordados temas como a história, a teoria, as ciências sociais e a investigação básica em sexologia.

Os múltiplos problemas associados à saúde sexual e reprodutiva foram outro dos assuntos em destaque no Congresso organizado pela Sociedade Portuguesa de Sexologia (que este ano comemora o 25º aniversário), presidida pelo psicólogo clínico e investigador Pedro Nobre, em parceria com outras instituições homólogas portuguesas e internacionais, entre elas a Associação para o Planeamento da Família, Associação Portuguesa de Terapia de Comportamento e a Associação Portuguesa de Urologia.

Quando em 1975 os Hospitais da Universidade de Coimbra criaram a primeira consulta se sexologia em Portugal, os actuais especialistas na área estavam longe de acreditar que nos últimos 20 anos, pese o facto de existirem cada vez mais pessoas a procurarem ajuda, o número de instituições que se dedicavam a fazer este tipo de terapia tenha diminuído.

Paradoxalmente, tal como tem vindo a realçar Pedro Nobre, há oferta de formação especializada, interesse por parte dos profissionais, a procura por parte da população aumentou, mas, devido ao desinvestimento público a oferta aos utentes é escassa.

Só a persistência, motivação e interesse de profissionais como Pedro Nobre, Francisco Allen Gomes, Júlio Machado Vaz, Ana Alexandra Carvalheira, Sandra Vilarinho, Lisa Vicente, Patrícia Pascoal, Graça Santos, Jorge Cardoso, Tiago Reis Marques, André Catarino, Nuno Monteiro Pereira, Pedro Vendeira, entre outros, é que tem feito com que o panorama actual em Portugal se tenha vindo a começar a inverter.

Pedro Nobre é o responsável pela criação de uma pioneira unidade laboratorial em Portugal que integra uma rede internacional que resulta de uma parceria entre o PsyLab da Universidade de Aveiro e o Grupo de Investigação em Sexologia do Centro de Investigação do Núcleo de Estudos e Intervenção Cognitivo-Comportamental da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Esta unidade dispõe de um conjunto de equipamentos que permitem avaliar diferentes aspectos psicofisiológicos associados à resposta sexual nos homens e nas mulheres, bem como de um conjunto de software que permite produzir estímulos diversificados e fazer a leitura de todas as medidas fisiológicas.

O primeiro estudo incidiu numa sessão experimental onde foram analisadas respostas subjectivas ligadas ao ciúme sexual.


Mulheres procuram ajuda para valorizar e aumentar o seu prazer

As primeiras consultas de sexologia eram esmagadoramente frequentadas por homens que desejam manter o melhorar a sua performance sexual. As poucas mulheres que timidamente apareciam eram “enviadas” pelos companheiros para “aprenderem técnicas” para os satisfazer.

Actualmente, as consultas são frequentadas por mulheres e homens numa percentagem muito semelhante e são muitos os casais que a procuram. Ambos os sexos querem usufruir de uma sexualidade com prazer e saudável.

No que respeita à sexualidade feminina Portugal dispõe das mais prestigiadas investigadoras a nível internacional, como o são Catarina Soares, Ana Alexandra Carvalheira, Lisa Vicente, Patrícia Pascoal e Sandra Vilarinho que procuram valorizar o prazer da mulher, porque consideram que isso implica não só a satisfação sexual, mas o bem-estar em geral, assim como a própria saúde mental e física.

Mentir não é coisa de homens

Muitas mulheres mentem nas perguntas mais pessoais sobre sexo, segundo revela um estudo do Hospital Clínico de Barcelona.

Segundo um estudo do Instituto Clínico de Ginecologia, Obstetrícia e Neonatologia de Barcelona, realizado a mulheres com idades entre os 45 e 65 anos, as mulheres mentem sobre diversos aspectos da sua sexualidade. Por exemplo, a percentagem de mulheres que reconheceu ter parceiros ocasionais ou não convencionais no questionário anónimo foi o dobro das que o admitiram numa consulta com o seu médico.

Para manter a postura e parecer bem – perante uma sociedade que critica a hipersexualidade - ou a falta de confiança no médico, são algumas das barreiras que se acercam das mulheres na hora de falar sobre a sua sexualidade. Nas entrevistas pessoais, apenas 15% referiu que a sexualidade não era muito importante nas suas vidas, em contraste com os 40% que declarou o mesmo no questionário anónimo. Deste modo, quase uma em cada duas mulheres que reconheceu ter menos de uma relação sexual por mês no questionário anónimo, declarou ao seu médico praticar sexo de forma mais frequente.

A investigação foi realizada com a participação de 2.332 mulheres com idades entre 45 e 65 anos, e pretendia determinar o impacto da menopausa nas suas relações sexuais e na sua qualidade de vida na generalidade. Os resultados mostram que algumas características que as mulheres não entendem como inconvenientes para a sua sexualidade são características que se relacionam habitualmente com uma baixa satisfação sexual, como o Índice de Massa Corporal ou a distribuição da gordura. No entanto, outros factores como um nível socioeconómico baixo, estão relacionados com um menor interesse e uma satisfação sexual.

Porque não falamos?
O estudo, muito crítico com os profissionais da medicina, conclui que as barreiras que dificultam a relação médico/paciente no tema da sexualidade são: a falta de confidencialidade (uma vez que qualquer profissional pode aceder às histórias clínicas) e a falta de privacidade, já que existem consultas realizadas em gabinetes separados por paredes muito finas e pelo facto de ser comum a entrada de outros profissionais de saúde durante a consulta e a meio da conversa.

Por vezes são os pacientes que sentem vergonha ou incomodo ao falar da sua sexualidade, mas, em algumas ocasiões, o problema parte de um médico que está preocupado com outros problemas de saúde mais urgentes, ou que não tem a formação suficiente em saúde sexual e terapias para abordar o tema de forma efectiva.