sexta-feira, 9 de abril de 2010

A fragrância do amor

Não existe muito a fazer em relação à fragrância pessoal do nosso/a amado/a (excepto se se tratar de um odor forte que possa ser resolvido com utilização de algum produto). Se não é o caso, ou se não nos agrada e atrai, nesse caso as coisas serão muito difíceis.

Se não sentir uma nuvem de sentimentos e emoções quando se aproxima do seu parceiro e o cheira, se não lhe faltar a força nas pernas, existirá algo que não funciona bem.

Não se trata do seu perfume, colónia ou loção. É algo mais subtil que o nosso instinto animal detecta inconscientemente e que desperta o nosso desejo.
Suponhamos que o odor do nosso parceiro nos cativa. A atracção sexual está assegurada nos primeiros tempos da relação. No entanto, o relacionamento e a convivência poderão causar um desgaste que torne a relação penosa.

Um relacionamento exige uma negociação permanente, que poderá ser agradável e divertida, mas que implica um trabalho de ambos para que seja satisfatória e feliz.

Flexibilidade e tolerância. Para conseguir alcançar um compromisso longo e feliz, os dois membros do casal têm que ser flexíveis. Isto significa que cada dia têm que estar abertos a fazer coisas diferentes do que desejariam pois estas podem não se adaptar aos gostos do parceiro.
Umas vezes deve ceder um, outras vezes o outro e por vezes os dois.

Planos para o futuro. É necessário ter projectos comuns e acordar, falar e sonhar sobre a forma de concretizá-los. Também é necessário que alguns projectos cristalizem.

Bom sexo. O sexo é um dos pilares de uma relação. Os dois devem ter uma forma similar de entendê-lo e estar dispostos quer a dar quer a receber prazer um do outro. O sexo é imaginação e entrega.

Evolução. Tanto o casal como cada um dos seus membros mudam com o tempo. Ambos têm de se adaptar e procurar evoluir juntos.
Desta forma, temos que assumir que podem existir altos e baixos na relação do casal mas sem que isto signifique forçosamente que o seu fim está anunciado. Alguns casais evoluem para uma forte e intensa amizade na qual por vezes se pode perder a paixão, embora a confiança no outro seja total. A pergunta chave é: o que espera e deseja de uma relação?

Assumir que nada nem ninguém nos vai querer tanto quanto desejaríamos que nos quisessem. Nenhuma pessoa irá encaixar exactamente nos nossos desejos como a faria a peça contígua de um puzzle. No entanto, o encanto reside precisamente nas diversidades.

Não apostar pela mudança. Se partimos do princípio que o casal tem que mudar para que a relação funcione ou darmos por certo que irá mudar, partimos de um princípio errado. Existirão sempre pequenos ajustes mas nunca mudanças radicais no modo de ser. Pelo menos não para melhor.

Comunicação. Esta é sem dúvida a palavra mais utilizada quando abordamos o tema da saúde do casal. No entanto, é o conceito que menos se utiliza. Há que estar disposto a comunicar com o outro sobre a forma como nos sentimos, o que queremos ou se existe algo que nos incomodou e, principalmente, há também que saber escutar o outro lado. Por muito grande que seja o entusiasmo e a paixão existentes no casal, a relação não cresce sozinha.

Interpretar de forma positiva. Existem duas formas extremas de entender as coisas: de forma negativa e de forma positiva. Quando o parceiro diz ou faz algo que nos incomoda não devemos pensar que o faz com más intenções e não devemos contra-atacar. A disputa não favorece nenhum dos lados.
E se realmente pensa que o seu parceiro está a agir com más intenções talvez seja o momento de dizer adeus.

Um ponto de independência. Os casais que se fecham em si mesmos acabam por se entediar e desentender. Não se trata de fazer uma vida totalmente independente, mas sim de conservar algum espaço próprio, manter actividades que lhe dêem prazer e principalmente não se afastar dos amigos, os quais são muito importantes.

Respeito. Pela forma de ser e de pensar do outro e pelas suas preocupações e gostos pessoais. Muito menos há que perder o respeito durante uma discussão: não se trata de ganhar a todo o custo e deixar o outro de rastos, mas sim chegar sempre a um entendimento. A curto e médio prazo, tudo o que dizemos durante um momento de raiva e discussão deixará feridas que são muito difíceis de sarar.
Igualmente fundamental é que o respeito pelo outro seja o mesmo que tem por si própria. Se um dos membros do casal não valoriza o outro nem se faz valorizar a relação estará condenada à infelicidade e ao fracasso.

Aspirações realistas. A pessoa perfeita não existe. Ninguém conseguirá dar-nos tudo o que necessitamos precisamente no momento em que o necessitamos, do mesmo modo que nós também não o conseguiremos fazer. No entanto, com chatices, dificuldades, mal entendidos ou problemas, uma relação deve sempre basear-se na confiança, na compreensão, no apoio e na amizade.

Nunca se esqueça que estes factores e atitudes devem ser comuns aos dois membros do casal. É muito mais fácil condenar ao fracasso uma relação do que fazê-la prosperar, uma vez que basta um pessoa para a arruinar e são precisas duas para que se mantenha salutar. No entanto, o amor é tão apaixonante que quem não está disposto a deixar-se levar pela vontade de partilhar e amar?

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